Diário de Campo |
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Rã-ibérica - Rana ibérica Habitante típica dos ribeiros de montanha, charcos e arroios de água fria, a Rã-ibérica é um anfíbio pequeno e esbelto, de coloração acastanhada e com uma típica mancha pós-ocular escura. É uma espécie endémica do quadrante norocidental da Península Ibérica, estando distribuída por todo o Noroeste de Portugal. Na serra da Peneda, quando circulamos junto às margens dos rios, é normal observá-las, a cada passada que damos, a saltar para a água. Embora sejam bastante miméticas, e por isso difíceis de identificar pelos predadores, sempre que se sentem ameaçadas o seu refúgio é a água. A rã ibérica está ameaçada por diversos factores como a contaminação dos riachos, alteração dos cursos de água, introdução de predadores não autóctones e alterações climáticas.
Segundo se pensa o uivo do lobo é uma forma de comunicação entre os diversos membros de uma alcateia. Além disto é também uma forma de marcar o seu território avisando as outras alcateias da sua presença. Mas de uma coisa temos a certeza, ouvir o uivo do lobo em plena natureza é algo de muito especial. Ouça esta sequência de uivos que gravámos numa noite de campo. Tem um longo silêncio entre duas sequências por isso não desliguem quando deixarem de ouvir os primeiros uivos.
Momentos especiais Durante um passeio a cavalo, no final de uma tarde de verão, fomos surpreendidos por uma atmosfera de sonho. O planalto de Castro Laboreiro em determinadas horas do dia assume contornos surreais. Vale a pena estar por cá para poder apreciar momentos destes.
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Desde a
primavera que não conseguíamos nenhuma observação do grupo de veados desta
região. Ontem, ao final da tarde, numa incursão pela serra lá estavam
alguns a provar que ainda existem…
Peido-de-lobo, bufa-de-velha, bexiga-de-lobo, fungo-de-sapo ou ventosidades-do-demónio são alguns dos curiosos nomes deste cogumelo. Quando maduro adquire um tom amarelo pardo e, se apertado, liberta uma nuvem de esporos cinzentos de odor desagradável. Talvez seja essa a razão do seu estranho nome. Apesar da sua singular designação este fungo era tradicionalmente usado como anti-séptico para desinfectar feridas e tratar doenças de pele. Normalmente encontram-se em grupos em bosques de coníferas ou folhosas. Quando jovens fazem lembrar belos ouriços alvos e as suas formações por vezes circulares remetem-nos para antigas lendas onde fadas e duendes dançam em noites de lua cheia. Extasiados, os sapos das zonas húmidas circundantes sentam-se em redor das fadas a admirar este fantástico bailado. E, na manhã seguinte, em cada ponto da floresta onde estava um sapo nasce um cogumelo formando um formoso círculo. Reza a lenda que se os sapos que assistiam à dança fossem venenosos os fungos seriam tóxicos. Se, porém, fossem inofensivos os cogumelos seriam comestíveis. Por esta “lógica” se souberem identificar os sapos conseguem avaliar a comestibilidade dos cogumelos. De uma coisa podem estar certos, todos os cogumelos são comestíveis, porém, alguns só se podem comer uma vez!
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